Durante uma aula de Civil com uma ilustre professora, esta assinala, em meio ao conteúdo do fortuito interno: “o risco é a contrapartida dos lucros”. No contexto do direito das obrigações, essa frase se refere ao risco que as empresas assumem ao exercer certas atividades (por exemplo, um banco assume o risco de ser fonte de cobiça para os ladrões). Entretanto, como todas as disciplinas do direito, essa comporta a possibilidade de transcendência para outros âmbitos. E é disso que se trata esse post. Das reflexões que a frase dita pela minha professora me ocasionaram.
Aqui cabe uma bela passagem de Morris West:
"Custa tanto ser uma pessoa plena, que são poucas aquelas que têm a luz e a coragem de pagar o preço... é melhor tentar e falhar que preocupar-se e ver a vida passar. É preciso abandonar por completo a busca da segurança e correr o risco de viver. É preciso abraçar o mundo como a um amante. É preciso cortejar a dúvida e a escuridão como preço do conhecimento. É preciso ter uma vontade obstinada no conflito, mas também na capacidade de aceitação total de cada conseqüência de viver e do morrer."
A capacidade de mudar, de enfrentar o desconhecido, de dizer não à comodidade, de transgredir... Essas coisas envolvem coragem, e implicam a exposição a riscos. Sem esses riscos, não encontraremos os verdadeiros lucros de viver. De viver de verdade. De sentir o sangue quente correndo pelas veias.
Custou para eu admitir que sou uma menina que fugiu com o circo. Sou impulsiva, inconstante, intensa, desbocada. Aceitar-me assim, enquanto vivo em um meio que preza o agir consoante o cuidado do bonus pater familias (bom pai de família), o falar polido, a discrição e a pose, foi difícil.
Hoje, me aceitando e tendo orgulho do meu modo de viver, olho em volta e vejo pessoas contidas... que se apegam a coisas, a rotinas, a pessoas, demasiadamente... sem coragem de jogar fora as tralhas que não constroem mais. Essas pessoas não têm o brilho dos olhos de quem vive... apenas carregam o fardo de existir.
Aqui cabe uma bela passagem de Morris West:
"Custa tanto ser uma pessoa plena, que são poucas aquelas que têm a luz e a coragem de pagar o preço... é melhor tentar e falhar que preocupar-se e ver a vida passar. É preciso abandonar por completo a busca da segurança e correr o risco de viver. É preciso abraçar o mundo como a um amante. É preciso cortejar a dúvida e a escuridão como preço do conhecimento. É preciso ter uma vontade obstinada no conflito, mas também na capacidade de aceitação total de cada conseqüência de viver e do morrer."
A capacidade de mudar, de enfrentar o desconhecido, de dizer não à comodidade, de transgredir... Essas coisas envolvem coragem, e implicam a exposição a riscos. Sem esses riscos, não encontraremos os verdadeiros lucros de viver. De viver de verdade. De sentir o sangue quente correndo pelas veias.
Custou para eu admitir que sou uma menina que fugiu com o circo. Sou impulsiva, inconstante, intensa, desbocada. Aceitar-me assim, enquanto vivo em um meio que preza o agir consoante o cuidado do bonus pater familias (bom pai de família), o falar polido, a discrição e a pose, foi difícil.
Hoje, me aceitando e tendo orgulho do meu modo de viver, olho em volta e vejo pessoas contidas... que se apegam a coisas, a rotinas, a pessoas, demasiadamente... sem coragem de jogar fora as tralhas que não constroem mais. Essas pessoas não têm o brilho dos olhos de quem vive... apenas carregam o fardo de existir.
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