Sem nenhum post auto-ajuda para que os outros leiam, se confortem e comentem, ok? Caia fora se você é desse tipo.
Ando irritada e intorelante com o pessoal da faculdade. Sei lá, tudo me irrita, não gosto mais das pessoas como antes, não tenho mais paciência pras suas histórias pequenas e repetidas. Com algumas exceções, quais sejam duas ou três amigas.
Sem paciência para observar as panelinhas, as fofoquinhas, as intriguinhas. Lá é assim, sempre foi e sempre vai ser: um antro de fofoca, de intriga, de um querendo pisar em cima do outro na primeira oportunidade. Seja porque sabe alemão, porque fez um curso na itália, ou qualquer coisa que prove grande capacidade intelectual, seja porque é mais bonito e mais popular, ou porque tem roupas mais caras ou trendsetters. No fundo, são todos iguais, não há diversidade alguma.
Mas no meio disso, há algumas coisas que abrem a cabeça. Ontem fui num evento muito massa, cujo palestrante era o jornalista Caco Barcellos. Confirmei o que já sabia: o cara é um máximo. Ele falou sobre a cultura da violência, assunto que devia interessar a todos, e especialmente me tocou, agora que estou trabalhando com direito penal. Ele apresentou alguns vídeos, e principalmente expôs as opiniões dele sobre o assunto.
Interessante que a patrocinadora do evento, chamado "Diálogos Universitários" (q era de graça, dava comida de graça, mochila de graça e até o cu de graça) tratava-se da empresa Souza Cruz, empresa que produz cigarro, desde as lavouras de fumo até as grandes indústrias. Engraçado que a Souza Cruz fica patrocinando esses eventos de "consciência social" como se fosse muito boazinha e não ganhasse nada em troca. Apresentou vídeos mostrando como ela é bondosa com os agricultores e com a sociedade. Ahã. Mas o mais engraçado foi uma pergunta que fizeram da platéia para a representante da Souza Cruz: "é verdade que o cigarro mata mais que o dobro do que a violência?". A platéia caiu no riso. A mulher, altiva e imponente em seu salto 15, e apoiada em seus discursinhos prontos, despencou. Mas fez questão de dizer, com seu chiado carioquês exagerado: "Vocêixx axxam que eu não goxxxto desaxxx perguntaxx mas eu adoroooo!!! Muito obrigada quem feixxx!!!!". Pior que isso foi a resposta, também fruto de um discurso pronto, uma vez que sem dúvida eles são treinados para se dar bem diante dessas provocações: "É, porque a gente nasce ouvindo que cigarro faz mal, e isso entra na nossa cabeça..." What the fuck??? Ela tá querendo insinuar que cigarro não faz mal?? Sorte que ela era bonita e bem vestida e bem maquiada, assim o povo recebeu ela bem, naturalmente. Mas mesmo assim, ouviu-se uns "UUUUU" de uns poucos ouvintes.
Me estendi.
Dale Obama. E eras isso.
3 comentários:
Oi, tava zapiando por aqui e encontrei esse post...
Acho que cultura da violência seria um pleonasmo vicioso, pois toda civilização e toda cultura é violenta, se baseia na violência...
é um mal-estar permanente.
Será possível viver fora da cultura? Ou trazer humanidade para a cultura? Será desejável? A intimidade pode trazer uma violência muito mais cruel e massacrante...
Baaa, ainda bem que eu não fumo...
Só agora eu li a primeira advertência, tarde demais,
t+ bjoss
gabi, não é só na faculdade que se sofre com a mesmice das pessoa e se entedia com isso, é em todo o lugar, o que a gente deve fazer é procurar novos ares. (vai fazer francês, guria! e me leva junto :D)
quanto à palestra...gostaria de ter estado lá só pra ver a cara da mulher de salto 15! cariocas me dão arrepios, quanto mais os que são hipócritas..ah, que hipocrisia o quê, ela só tava fazendo o trabalho dela, né verdade? haha besos neni
Gabi...
Não era pra ser um texto auto-ajuda, né... mas com certeza há identificações com seu texto... Pessoas mesquinhas, de pensamentos pequenos, interessadas apenas no cotidiano e na vida dos outros estão por toda parte, não há mais como fugir, pelo menos não se tivermos que estudar, trabalhar e conviver, pois estão sempre lá. No meu trabalho acontece direto, chego a ficar em silêncio ou me retirar pra não precisar ouvir asneiras... E já cancelei um curso só porque as aulas não rendiam como deveriam, ia esperando aulas de introdução a filosofia, e escutava a vida familiar e os ultimos programas da tv que o professor havia vivenciado... uau! Fugi.
Você não está só no mundo! rsrsrs
Beijinhos.
Postar um comentário