Eu tenho esse problema. É um problema horrível, que me desencadeia muitos outros probleminhas e que ainda vai dar azo a muitos problemões.
Eu não a compreendo, não quero compreender e tenho raiva de quem compreende: a efemeridade.
“É essa coisa do ciclo da vida”, diria, muito casualmente, Dr. House. É essa coisa de que a morte faz tão parte da porra do tal ciclo da vida quanto o nascimento. A morte não só de pessoas, mas também de sentimentos, de situações, de rotinas, de idéias, de sonhos.
Eu não a compreendo, não quero compreender e tenho raiva de quem compreende: a efemeridade.
“É essa coisa do ciclo da vida”, diria, muito casualmente, Dr. House. É essa coisa de que a morte faz tão parte da porra do tal ciclo da vida quanto o nascimento. A morte não só de pessoas, mas também de sentimentos, de situações, de rotinas, de idéias, de sonhos.
“Y nadie sabe por qué un día el amor nace / Ni sabe nadie por qué muere el amor un día / Es que nadie nace sabiendo, nace sabiendo / Que morir, también es ley de vida.”
Exemplo dos probleminhas que minha incompreensão me traz: ontem chorei pelo ex-namorado… da minha irmã. Sim, repito, e eu sei que é foda de acreditar: eu chorei pelo ex-namorado da minha irmã. Eu pensava: ele era tão querido, fazia tão bem a ela. Olhei para uns quadrinhos que ele fez . Lembrei de como eram as rotinas de quando ele freqüentava nossa casa. E não consegui conter as lágrimas que inundaram minhas simpáticas bochechas, que ficaram mais inchadas do que nunca, junto com o rosto inteiro.
Exemplo do problemão: Meu coração tá rachado. Despedaçado. Em quinhentos milhões de caquinhos. Parece que tem uma faca cravada ali, futricando os ferimentos, sádica. E o nó na garganta que nunca vai embora. E as lágrimas que vezenquando aparecem lá no escuro do meu quarto. Os cheiros que me trazem memórias e lamentos. A canções. As rimas...
É tanta coisa que atualmente eu ando tendo que me convencer que é página virada. Não falo só de amor, mas de diversos outros sentimentos mais pueris que eu cultivava. Por que o “mundo cruel” (como ironizou um amigo meu) está me enfiando pela goela: a fila anda. E esse tal de mundo cruel tem um fórceps gigantesco que quer arrancar de mim os meus sentimentalismos e fazer parir uma mulher de verdade. Que nada tem a ver com a Amélia, não.
“La tierra parece estar quietaY el sol parece girar,Y aunque parezca mentiraTu corazón va a sanarVa a sanarVa a sanarY va a volver a quebrarseMientras le toque pulsar”
OBS: Trechos da música Sanar, do Jorge Drexler. Ele canta no nosso ouvido e as máguas parece que vão se acalmando...
6 comentários:
Diferente de Matrix, onde Neo tem a chance de escolher entre a pílula azul e a vermelha, chega uma hora em que a vida transparecerá em toda a sua crueza dolorosa.
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House é muito bom.
É...
A vida faz escolhas pela gente, por mais que não concordemos.
Pois é. Acho realmente triste perceber que as coisas não são mais como eram antes; mudar faz bem, sim! Mas a rotina é muito aconchegante...
Gabi!!
estou na praia completamente desconectada de mundo virtual e, estando em lan house, sem mto tempo..
mas pude lero teu comentario no mu ultimo post e quero te agrdecer imensamente por ele!
estas certa.. realmente na maioria das vezes temos q seguir com a interrogacao nas costas.. a perg é: vou pagar pra ver??
isso eu decido até minha volta da minha `soul vacation`
mais uma vez obrigada pelas palavras!
Exatamente. A vida faz escolhas pela gente.
bom.. agora pude ler com calma..
bem gabi, o que posso te dizer é: não deixe o mundo parir esta mulher.
O que podemos manter neste mundo, se é que ainda podemos manter algo bravamente e de modo rebelde é o sentimentalismo, a sensibilidade. É nisso que podemos ser fortes, isso podemos, com muito esforço, proteger de tudo. É como um trunfo sabe? É o que resta.
Espero que teus dias se iluminem mais!
beijo.
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