Hello, não é mais 2003, quem mais lê blogs pessoais?
No instante em que o Google Reader foi desativado, foi determinado ao destino o ocaso dos blogs pessoais. Expressões arcaicas como "blogagem coletiva" ou o verbo "blogar" já são completamente desconhecidas aos millennials, que atualmente dominam rede mundial de computadores. "Templates", "freebies", "labels", caixas de comentários, nuvens de tags.
E eu resolvi retornar a este blog pessoal menos pelo rolê de ser do contra do que por uma mera fraqueza de espírito, que me faz romantizar o passado e ter a mania inveterada de "resgatar".
Resgatar aquele momento, o momento imediatamente antes de deixar de ser quem eu sou, e identificar o que aconteceu ali. Foi uma palavra de desdém, um olhar, uma repreensão? Provavelmente apenas um pensamento.
Ideias incessantes de resgatar a essência. Isso, claro, guardando de lado por ora o questionamento acerca de existir, ou não, uma essência. Eu tendo a achar que existe. Eu tendo a achar que podemos nos reconectar com ela.
É pra alguém ler isso aqui? Não. Posto apenas pra legitimar, ou mesmo declarar a existência desses escritos. Isso existe, eu escrevi. Saiu de mim, que também existo.
So long, 2018. Que deus(a)(es) abençoem esse país danado.