27.11.07

Era só o tempo frio e cinza que me fez cinza e fria também.

Eu não ousarei uma vez mais repetir que sou essencialmente melancólica, que o cinza é intrinseco a mim. Depois de um pouco de reflexão, vi a bobagem que fui capaz de pronunciar.
Quem teve depressão não sente saudade, não. Só quem teve depressão vê a bobagem que é viver com peso; a bobagem que é glorificar o cinza, o obscuro, a morte e o Lord Byron; a perda de tempo que é não valorizar a sensação de sentir o sol e o vento no rosto, a beleza do mar, o enigma de um céu estrelado.

O maior erro que pude cometer foi confundir profundidade com peso. Na falta de uma referência, me perdi no equívoco de asseverar que o culto, o profundo, é invariavelmente um ser pesado e triste. Não caiam nessa armadilha...faço questão de alertar a quem quiser me ouvir! Inteligência, como já afirmei por meio deste antes, é ser feliz. É saber que o mundo não é fácil, não; é não ser alienado. Mas é saber disso e mesmo assim sorrir, valorizar, dançar, beijar, abraçar, pular, se permitir. Isso sim que é profundo!

24.11.07

Melancolias de uma "pessoinha coloridinha"

Eu, que estava tão lépida e serelepe com a minha vida de pessoinha-coloridinha-e-feliz, agora tô me perdendo. Será que afinal ser "coloridinha" é a minha natureza? Será que eu suporto isso por muito tempo? Quem sabe eu seja essencialmente melancólica, pensativa e introspectiva, e não suporte essa vida "4 fun" de sair com a galera, de estar sempre rindo e fazendo farra. Às vezes tenho a impressão que é toda uma atmosfera forçada, pra mostrar pros outros, no fundo ninguém é amigo de ninguém de verdade, só andam com quem lhes convêm e quem lhes proporcione um momento imediato de diversão.
Talvez eu esteja errada, não sei... mas é a impressão que tenho tido nessa altura do campeonato. Eu simplesmente não consigo me aproximar de certas pessoas, só pra "socializar" e ficar "popular".. seria ir muito contra a minha natureza! Eu nunca fui uma pessoa de colecionar uma gama imeeeensa de "amigões 4 ever" que duram apenas o tempo de uma festa, mas sim de ter poucos e muuuito bons amigos. Admito, sou seletiva, sou chata, sou exigente. Não consigo fingir amizades e fingir que eu não enxergo que certas pessoas que se dizem amigos, se sacaneiam pelas costas.

Sei lá tambem...quiçá eu só esteja falando isso pq hj estou meio melancólica...a temperatura baixou, a chuva não pára...
Vamos ver o que acontece.... o tempo dirá.

9.11.07

Os copos iam sendo esvaziados naquela solitária mesa de bar. As mãos dele e dela que se aproximavam paulatinamente, à medida que iam conhecendo mais um ao outro. E se gostando.
Tudo que ela queria era a mão dele em seus cabelos: uma certeza a mais para que ela se entregasse. Perfumes misturados, cheiro de cigarro no ambiente, o vinho que descia, o calor que subia. E a vontade de chegar cada vez mais perto.
As mãos se entrelaçaram.
...Agora era tarde para voltar atrás.

4.11.07

Inteligente é quem é feliz

Um novo layout para uma nova era!!
...Não que eu que eu tenha virado A da pá virada ou algo assim (isso eu sempre fui, hou hou); inobstante indubitavelmente (uh, viva a pseudointelectualidade) eu estou muito menos romantiquenta do que já fui. Digamos que estou mais pragmática, objetiva ou coisa que o valha. Enfim... estou conseguindo me livrar daquela bolha cheia de conceitos abstratos em que eu vivia (afinal ultimamente a única coisa que eu fazia era dar voltas em círculos, sofrer, sofrer e não chegar a lugar nenhum). Fica a dica: às vezes faz muito bem à alma (e ao corpo) trocar a fixação intelectual por uma cervejinha e um pagodão. Sim, eu disse pagodão. Logo eu. E digo mais: é muito boooom! É muito bom se permitir.
Inteligente é aquele que é feliz. E tenho dito.
OBS: post tosco...mas eu vou deixar ele aí, afinal, estou aprendendo "a me permitir"!