3.1.19

Terapia 2019

Então você tenta uma vez e se não der a frustração é tão grande que já é o fim? O tudo ou nada? Ao invés de significar... que é pra continuar a tentar?
Não aguenta uma frustração, é tão esmagadora que já significa que é o fim definitivo. "Viu? não adianta mesmo tentar."
De onde esta ideia de que a frustração é tão esmagadora que é equivalente ao fim?

O que é a troca? Eu consigo sequer sentir a troca, o que é isso? O que é o interesse pela troca, por ALGUÉM, por tudo que envolva a troca?

Logo se estabelece o desinteresse. E o apego a tudo que não envolve troca. Com a dissociação/despercepção/dessintonização/perda de vista do interesse, tudo vira uma dicotomia entre passar trabalho/esforço X não fazer esforço algum (não ocorrer troca). A alternativa menos trabalhosa (e a solução) passa a ser nada que demande troca: televisão, livros, comida. Coisas.

Quando ocorre a troca, ela sempre é mais vantajosa do que sua não ocorrência. O desinteresse. A desistência. O apego à coisa.

A troca na psiquiatra. No happy hour. Na festa de reveillon. Na saída com um cara. Pode se igualar a isso também o investimento em um sonho.

Percebi que muitas vezes o que vira a chave é a percepção do afeto. "Você fará diferença". "Venha, te queremos aqui". "Sua presença significa a troca". Just show up. Mas não pode se condicionar a isso. As vezes eu devo fazer o esforço de aparecer sem implorarem por isso. Pelo interesse pelas pessoas. Por preocupação. Por cuidado.
Mas daí vem a facilidade com que a chave vira e se torna tudo desinteresse. Coisificação. Atos materiais.

Troca de afeto. Teve isso? Não muito claramente. Apenas quando havia prova de merecimento. Logo vinha o ato vil do nada (ou ato algum) e a chave virava para o desmerecimento. Desinteresse. Ou raiva. Verificar.

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