15.3.11

náusea

Hoje é dia de dormir o dia inteiro.
Amanhã eu acordo com menos espirros e mais sorrisos.
Sei lá, é claro que no fim das contas a gente tá sempre sozinho. Eu sei, eu descobri isso, e foi duro. Mas hoje eu to especialmente me sentindo sozinha, como se virassem as costas pra mim, largassem um risinho irônico e dissessem "te vira, guria, azar o teu que fica aí se doando feito uma otária".

A náusea em detrimento da flor.

Será que é pra eu extrair alguma lição de tudo isso?

Não sei... Às vezes penso que é melhor continuar sendo uma "otária". Eu já tentei o caminho da apatia e não fui muito feliz. Até porque essa não sou eu. Eu não quero sumir suplantada por tantas camadas de proteção de modo que não se saiba mais quem é a Gabriela, quem é orgulho, quem é vergonha, quem é culpa, quem é pudor, quem é vaidade.

Eu sou mais emoção do que razão.
Eu sinto.
Eu sinto muito.

*
"People don't know how to love. They bite rather than kiss. They slap rather than stroke. Maybe it's because they recognize how easy it is for love to go bad, to become suddenly impossible... unworkable, an exercise of futility. So they avoid it and seek solace in angst, and fear, and aggression, which are always there and readily available. Or maybe sometimes... they just don't have all the facts." (The Upside of Anger)

(quiçá eu até me incluo nessa generalização)

Nenhum comentário: