13.12.07
Como dói...
Eu estou de férias. Mas isso não diz absolutamente nada pra mim.
3.12.07
Foi com considerável interesse que observou a chegada da nova colega de trabalho. Parênteses: ele se chamava Juca, trabalhava para uma agência Publicitária em um amplo escritório tomado de mesas, computadores e,presume-se, de pessoas. A moça entrou discretamente. Ele concluiu: era daquelas que entram nas vidas dos homens de forma discreta, só para devastá-las, e depois saem de fininho. O passo era brando, delicado, mas decidido; cabelos lustrosos, cheios de vida e movimento (de um louro acinzentado tão bonito que chegava a incomodar os olhos de uma maneira tal...não sabia se era tal um cisco ou tal um colírio); nos lábios, um batom exageradamente vermelho, mas não o suficiente para ofuscar o brilho dos olhos, tão azuis quanto... o céu (não conseguiu pensar em comparação menos clichê). Foi descendo o olhar... o blazer bem costurado,combinado com o decote sutil, dava à moça um ar de mulher séria e provocante ao mesmo tempo. Ah, sim, a mulher era, sem dúvida, deslumbrante, mas nada que ainda não tivesse provado parecido. Era bonita o bastante para dormir com ele, pensou, mas não impressionante o bastante para intimidá-lo. Continuou seu trabalho no computador. Os murmurinhos à sua volta dificultavam sua concentração. Por que raios a chegada de uma nova colega de trabalho causara tantos comentários? Ou uma estagiária,que fosse. Deu uma risadinha debochada ao imaginar que os colegas – tão inexperientes... – deviam estar despindo a nova colega de trabalho com a mente,sonhando em um dia tê-la...
27.11.07
24.11.07
Melancolias de uma "pessoinha coloridinha"
Sei lá tambem...quiçá eu só esteja falando isso pq hj estou meio melancólica...a temperatura baixou, a chuva não pára...
9.11.07
4.11.07
Inteligente é quem é feliz
25.10.07
Vento
Ver se o vento ainda está forte
E vai ser bom subir nas pedras
Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora
Agora está tão longe
Vê, a linha do horizonte me distrai:
Dos nossos planos é que tenho mais saudade,
Quando olhávamos juntos na mesma direção
Aonde está você agora
Além de aqui dentro de mim?
Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você está comigo o tempo todo
Quando vejo o mar
Existe algo que diz:
- A vida continua e se entregar é uma bobagem
Já que você não está aqui,
O que posso fazer é cuidar de mim
Quero ser feliz ao menos
Lembra que o plano era ficarmos bem?
21.10.07
Cores
Entenderam? A moral é ser uma pessoa ativa, fazer várias coisas, ocupar a cabeça...daí nossa vida nunca fica um cinza total.
18.10.07
Monólogo
30.9.07
auqoemfla sieodlsja sjkoaksla loucuras gabrielais
25.9.07
Escritas bonitas
Então, deixo-os com Clarice, sempre uma sábia companhia.
“... uma das coisas que aprendi é que se deve viver apesar de. Apesar de, se deve comer. Apesar de, se deve amar. Apesar de, se deve morrer. Inclusive muitas vezes é o próprio apesar de que nos empurra para a frente. Foi o apesar de que me deu uma angústia que insatisfeita foi a criadora de minha própria vida. Foi apesar de que parei na rua e fiquei olhando para você enquanto você esperava um táxi. E desde logo desejando você, esse teu corpo que nem sequer é bonito, mas é o corpo que eu quero. Mas quero inteira, com a alma também. Por isso, não faz mal que você não venha, espararei quanto tempo for preciso.”
22.9.07
Rapidinha
É vero. Nós e nossos contemporâneos fazemos parte de uma mínima fatia do tempo. Temos isso em comum. Então, a pergunta que não quer calar: para que perdermos tempo com ódio e intolerância?
(Sim, momento altruísta.)
19.9.07
A mocinha
Lábios inchados de pudor que se mordiscavam, carnívoros; a inocência da menina que era como muralha, atravancando os esforços do menino que tanto sonhara com o momento sublime da conjugação carnal primeira. Com a turgidez repentina, a fúria de um animal que partia para cima da presa. Pudica, acanhada, ah, mas quanto medo sentia a criaturinha, frente àquele desavergonhado!; nem sequer o conhecia. De súbito: qual tua graça?, indagava ela, resignada, malsucedida na tentativa de travar prosa naquela hora tão inoportuna. O álcool dilatara as têmporas do menino, agora a mostrar-se sonolento. O sorriso angustiado de quem se despede para sempre, - tenho que ir -,e o menino despeitado, furioso por tudo aquilo que poderia se ter concretizado, muito embora fora tão efêmero..."
Primeira parte de um texto que eu escrevi em um tempo em que estava muito apaixonada e que lia muita Clarice Lispector. Haha. Na verdade é meio que a descrição exagerada do primeiro dia que beijei meu atual namorado. Isso faz...uns 4 anos? =)
12.9.07
Carta-homenagem à minha avó (1943 - 2000)
Vó Vilma, talvez tu não saibas, mas eu penso muito em ti. Praticamente todo dia. Penso em ti com orgulho. Quando tu faleceste, eu era muito pequena pra te compreender. Mas hoje, pelos fatos, pelas conversas a teu respeito, pelas lembranças, constato o quanto tu eras sensacional. Uma mulher forte, à frente do seu tempo. Saiu ainda nova de Estrela, num tempo em que todo mundo se acomodava no interior, para trabalhar em Porto Alegre. Lá, formou-se em Direito. Primeiro lugar da turma! Eras muito inteligente e esforçada. Valorizava os estudos e o intelecto. Sabias o que queria. Já com os dois filhos, foi obrigada, pelas circustâncias, a deixar um deles, o menor, em Estrela. Sei que sofreste. Tu e o vô tinham que trabalhar e estudar muito, para poderem dar uma vida boa para os meninos. E conseguiram.
Gostavas muito de português – eis uma das muitas coisas que herdei de ti. Ah, dizem que eu tenho as mãos iguais às tuas. Lembro que me emprestavas teu esmalte (aquele rosinha fraco, lembra?) e me ajudava a pintar as unhas quando eu tinha uns 8 anos. Nos dias de celebração, tu pintavas as unhas de vermelho. Eu achava tão lindo! Eu gostava daquela caixinha marrom que guardava botões e joaninhas, que colocavas nos blusões de tricô que fazias. Eu sempre brincava com os botões, aquela era uma caixinha de surpresas para mim.
Das grandes lembranças que tenho de minha infância, em todas estás presente. Tu foste a melhor avó do mundo, sou muito grata a ti. O amor que tinhas por mim e pela minha irmã está até hoje marcado em mim, entranhado em meu ser. Lembro quando foste me buscar da escola após meu primeiro dia na 1ª série do Ensino Fundamental. Compraste um álbum de figurinhas das Princesas da Disney para mim! Folheou o álbum inteirinho comigo, leu as historinhas em voz alta. Fui almoçar na tua casa. Lembro do cheio do bife com batata frita que fizeste só para me agradar. E a sobremesa? Era sempre a mesma: um mousse metade de chocolate, metade de creme. Eram servidos em umas tigelinhas de vidro que sempre pedias para eu buscar na geladeira.
Arraigadas em mim também estão as lembranças de nossas brincadeiras de Barbie. Tu adoravas me ajudar a vesti-las! Era um sonho realizado, afinal nunca tiveste filhas. O teu sonho também era levar tuas netas para Disney. Conseguiste! Eu sei que já estavas fraca e com dores. Mas foi uma viagem muito feliz. Aliás, uma das coisas que adoravas era viajar. Numa época em que poucos conheciam o exterior, tu e o vô já tinham visitado toda a Europa e os Estados Unidos.
Vovó, eu lamento muito tua morte precoce. Eu lamento muito não ter te conhecido melhor. Penso nas conversas que nunca tivemos. Penso nas viagens que nunca fizemos. Tenho certeza que sou muito parecida contigo. Sede de independência, ânsia de viajar, de estudar. Gostaria que tivesse me visto quando passei na federal. Tenho certeza que me estimularia muito, ficaria muito feliz por mim. Às vezes me perco devaneando acerca de como seria te encontrar. O que eu diria, o que tu dirias. Eu teria tanto a te contar!
Sofro muito até hoje a tua perda. Me emociono muito ao lembrar de ti. Só tenho a te agradecer por tudo que foste para mim, pelas marcas positivas que deixaste em minha pessoa. Pelo amor que dedicou a mim. Eu também te amei muito, vó, e até hoje amo. Não sei onde tu estás agora mas um dia iremos nos encontrar, e daí conversaremos muito sobre Direito, viagens, unhas, amores...Tenho muito orgulho de ti, vó, e me espelho muito na pessoa maravilhosa que foste.
9.9.07
Idosa Frenética II, conservadores, eventos...
"Casei com 17 anos...era muito novinha, tinha medo...doeu prá burro..."
Agora vou levantar a bunda dessa cadeira pois tenho muito a fazer.
Ah, notaram que eu mudei o layout?
Beijos!
29.8.07
Idosa frenética e comunidades do Orkut
EU: é? hehe...
ELA: É. Mas agora sou eu que empurro os cara’ pra cama!
EU: ahn... hehe...
ELA: Eu gostava do meu ex-marido (falecido). Mas eu não tinha tesão por ele, sabe?
EU: ...
Até seria uma conversa normal entre duas mulheres. Isso se “ELA” não se tratasse de uma “gata idosa” (auto-denominação) de 85 anos com um whisky na mão e amiga da minha bisavó. Local do acontecido: aniversário da minha bisavó, em uma cidade do interior (Estrela-RS).
Isso que eu chamo de uma vanguardista! Quando crescer quero ser que nem ela.
Mudando de assunto, a Cintation me indicou o joguinho das 5 comunidades do Orkut. Obrigada =D
Aí vai:
"Se vc sempre teve vontade de dar um "é mesmo?" pra alguem que te faz alguma afirmação idiota, ou coisa que vc ja saiba, ou até mesmo quando você está sem paciência pra escuta algo entre aqui e seja feliz!!!"
Essa comunidade é ótima. Adoro citá-la em momentos em que as pessoas falam coisas totalmente óbvias e, principalmente, quando elas começam a falar demais de si mesmas e de suas conquistas, de forma esnobe.
2. Drogas Alternativas
"Se você fica muito doido com:
- Chocolate- Café- Açúcar- Cheiro de gasolina- Cheiro de acetona- Cheiro de esmalte - Cola de Isopor- Vick- Sorine- Jujuba- Coca-Cola - Coca-Cola Light- Halls (preto)- Música- Internet- Pringles- Açaí- Listerine..."
Dispensa comentários né!
3. Eu fico olhando o nada
"Contemplem a voluptuosidade do nada.
01 "Acho que é a busca por algo que não se sabe o que é." Poliana Cristina
02 "Total falta de interesse pelas futilidades debatidas naquele momento visto que a morte da bezerra às vezes parece mais importante" Douglas Campos
03 "Solidão!" Lidiane Haas"
Às vezes eu fico horas contemplando o nada. E podem acreditar, não se trata de um hábito vazio.
4. Não sou metido(a), sou míope!
"Para as pessoas que sempre são taxadas de metidas por ignorarem pessoas conhecidas e queridas...essa é a hora de revelarmos o nosso grande segredo....que na verdade nós somos todos ceguetas mesmo!!! hehe"
No meu caso,é a maldita hipermetropia: na rua ando sem óculos e não enxergo ninguém.
5. GET A LIFE!
"O clube social de quem não aguenta mais suportar indivíduos que adoram se intrometer em nossas vidas."
Tem gente que precisa criar uma própria vida e deixar de viver para os causos alheios.
Fui! ...E não percam o próximo post, "Idosa frenética II..."!
27.8.07
Intensidade
Sob um céu de bluuueeeess....
18.8.07
Deixa o sol bater na cara, esquece tudo que te faz mal...
1. Sentir o sol no rosto...no corpo... Curtir o momento. Se for num parque, com um chimarrão em mãos e em boa companhia, então nem se fala! É um momento que proporciona uma sensação de intensidade e de vida (vida realmente "vivida", entende?) muito grande.
2. Dançar, dançar e dançar! Descobri-me a pessoa mais feliz do mundo ao colocar os fones do meu i-Pod e projetar minha imagem na frente do espelhão do meu quarto - dançando, dançando loucamente! Saltitando, fazendo passes bizarros (tipo de ballet...haha), rodopiando... A saber, uma das melhores músicas pra dançar na frente da própria imagem é "I'm a believer", do Smash Mouth (vide trilha sonora do filme do Shrek).
Ulalá!
12.8.07
Aceitação X Caricatura
“A modéstia não me permite revelar o nome do gênio criador da Hexapartição”, disse uma vez um professor da faculdade. Tomo as suas palavras e faço minhas, não obstante dirigidas a uma frase criada por mim nos lidos do século XXI (é, acho que foi semana passada): “quem não sabe quem é, acaba virando uma caricatura de si mesmo”. Pago pau pra essa frase pois ela é resultado de uns 19 anos de árdua reflexão. Sim, árdua, porque refletir, pensar, dói pra caramba. E eu costumava gastar uns 80% do meu dia confabulando (comigo mesmo, evidentemente) acerca da personalidade perfeita. Eu admirava muitas qualidades alheias, e sonhava em possuí-las. Fui construindo em minha mente uma espécie de inventário de predicados que eu gostaria de possuir, sonhando em como minha vida seria maravilhosa se os tivesse. Eu seria linda, dinâmica, espontânea, loira, teria um cabelo assim, uma tatuagem assado e, trocando em miúdos, seria perfeita.
Sim, uma perfeita aberração – constatei com o tempo. Eu seria uma caricatura ambulante, um ser sem personalidade, apenas com qualidades coletadas dos outros. A questão é que, uma qualidade só é qualidade quando em harmonia com defeitos. E eu, em minha ingenuidade, sonhava em ser uma dispensa de qualidades amontoadas desordenadamente. No dia em que eu tivesse aquela roupa, ou aquele cabelo, apartir daquele dia, minha vida mudaria. Eu seria uma pessoa interessante, glamourosa, e todos meus problemas acabariam. Era o conforto que eu encontrava. O consolo da realidade, eu buscava na idealização de um futuro tão imaginário quanto impossível.
Com o amadurecimento e com a terapia,posso ver o quão enganada eu estava. O meu problema, assim como o de muita gente poraí, é querer brilhar sempre, almejar ser sempre um ser excepcional, capaz de provocar admiração e inveja alheia. 24h por dia, ser uma estrela. Pois é muito mais admirável, garanto, ser uma pessoa simples, “legal”, “normal”, mas autêntica. Para que forçar uma espontaneidade que não existe, se sou tímida, por exemplo? Aprendemos, paulatinamente, a compreender a nós mesmos. Compreender que temos deficiências, fraquezas, que não serão ofuscadas ao tentarmos imitar a força alheia (que muitas vezes não é força, mas mera máscara social – muitas coisas parecem mas não são, não esqueçamos disso).
Esse texto não tem uma conclusão. Eu estou em fase de negociação com minha própria personalidade – estou aos poucos a aceitando, odiando-a e admirando-a. Mas posso afirmar que sinto estar no caminho certo.
8.8.07
Partituras
29.7.07
Pam-Pam-Pam
Tive que ceder e concordar que o Pan foi muito legal. Admito que sempre critiquei o Brasil, que não tem nem comida pra população, gastar bilhões com isso, vilas ostensivas e requintes. Mas é fato que eu adorei assistir o meu país ganhando várias medalhas. =)
Entretanto, não podemos negar uma coisa...
É f***, mas é verdade. É sempre assim. O Papa vem visitar o país, o Bush vem visitar o país, e aparecem do nada milhares de guardas, brigadianos e soldadinhos passeando pelas ruas. O mesmo ocorreu com o Panamericano. O pessoal vai relaxar legal agora, os policiais vão voltar à sua vida de cervejinha, mulher e futebol, e a população, à tradicional roubalheira. Já tá banalizado, 'Brasil é assim', o pessoal se conformou mesmo. Ao mesmo tempo, todo mundo se faz de indignado com os acontecimentos: corrupção, caos aéreo, blablablá. Tá, e nós fazemos o que pra mudar isso, meu povo brasileiro? =P
OBS-nada-a-ver: Descobri que eu valho $2,302,596... pô, achei pouco hein...
18.7.07
Reflexão de uma Tragédia
13.7.07
Extra-terrestre
Nossa, me sinto uma extra-terrestre. Qualquer pessoa da minha idade preferiria estar na "balada" agora, e certamente me tomaria como um ser "anti-social". Mais do que uma extra-terrestre, sinto-me culpada por ser assim.
7.7.07
Registro Inicial...
O primeiro post é sempre uma incógnita. O que eu escrevo aqui? O que pensarão os outros a respeito de mim, do layout, das minhas idéias...? Nada me resta além de uma apresentação. “Oi, eu sou a Gabriela”. Não, não...muito tosquinho...e pra quem quiser saber a meu respeito, tem várias coisas na parte devida reservada a isso no blog. Enfim, não sei. Um post de apresentação é um post de apresentação e pronto...é difícil colocar conteúdo útil em um post desses. Estou meio perdida, vou tentar me encaixar neste mundo bloguístico já cristalizado, que já tem seus ídolos e seus abominados. Espero fazer boas amizades, e espero também que vocês gostem aqui do meu cantinho.
Um beijo a todos!
OBS: creio que o dia 07/07/07 seja um dia ótimo para uma estréia né?? óóhh o número cabalístico...