18.12.08

Dicotomia Temperament/Caráter e... FELIZ NATAL!

PhotobucketOie! Tô passando voandoo por aqui, acabei de chegar de um trabalho suuuper cansativo e estou super atrasada (vou ao cinema assistir Queime depois de Ler), mas tenho que dar uma satisfação né! risos.
Dei uma pesquisada, e encontrei a resposta do post passado... quer dizer, encontrei uma resposta que, pelo menos pra mim, satisfaz. A alma ilimunada em que eu busquei ajuda chama-se Diogo Lara, um psiquiatra especializado em humor e temperamento. Não, eu não fui até o consultório dele. Comprei um livro, chamado "Temperamento Forte e Bipolaridade - dominando os altos e baixos do humor". Neste, inesperadamente, encontrei uma teoria convincente sobre nossa personalidade. O que Diogo faz é o seguinte, sinteticamente: ele, com base em estudos e análises epidemiológicas psiquiátricas, faz uma divisão entre "temperamento" e "caráter". Assim:

"O temperamento, que também conhecemos por "gênio", está ligado às sensações e motivações básicas e automáticas da pessoa no âmbito emocional. É herdado geneticamente e regulado biologicamente e pode ser observado nos primeiros anos de vida. (...)

Enquanto o temperamento tem a ver com este plano emocional básico do indivíduo, suas sensações e motivações, o caráter decorre mais das experiências e modelos que formam nossas memórias e padrões psicológicos (caráter nesse contexto não significa somente boa índole ou valores morais sólidos).

O temperamento define o que mais naturalmente se salienta no mundo para cada um e influencia os tipos de experiências em que nos envolemos e como reagimons instintivamente a elas. A interpretação destas experiências gera um significado que por sua vez lapida a expressão do temperamento, que é o caráter. Assim, é claro que o temperamento e o caráter se influenciam e interagem e nem sempre é fácil diferenciar o que provém do caráter e o que provém do temperamento. A combinação deste temperamento com o caráter que se forma pela experiência é o que definimos como personalidade." (pgs. 13/14).

Essa teoria me satisfez bastante, ainda mais por sua credibilidade, uma vez que encontra fundamento na Psiquiatria.
Agora tenho que partir... Viajarei amanhã e ficarei fora por uns 8 dias. Então queria aproveitar o momento pra desejar um FELIZ NATAL, e agradecer a todos que lêem esse humilde blog, que passam de vez em quando por aqui e também os que estão lendo pela primeira vez. UM BEIJÃO!

9.12.08

A NATUREZA DA NOSSA PERSONALIDADE

Estava refletindo sobre a natureza da nossa personalidade. Mas não consigo me decidir entre duas possibilidades.

Seria a nossa personalidade:

1) um comportamento, e, sendo assim, uma escolha? Ou seja, algo facilmente mutável?
2) Algo intrínseco a nós (que nasceu conosco, está gravado em nosso DNA)? Que constitui nossa natureza e, por conseguinte é, para não dizer impossível, muito difícil de mudar?

Esse ponto adentrou meus pensamentos de forma meio devastadora, uma vez que sinto na pele esse dilema! Fico me perguntando até que ponto eu deveria mudar alguns aspectos da minha personalidade, e até que ponto eu deveria “me respeitar”, aceitando que são certos “defeitos” os quais fazem parte do meu jeito de ser, da minha natureza. O limear é estreito!

Adoraria que vocês dessem suas opiniões. Um beijão!

OBS: uhuul, o semestre acabou, estou de “férias”! As aspas são em função de eu ter que passar o período de veraneio inteiro em 'Forno' Alegre, haja vista meu trabalho!

6.12.08

MALLU MAGALHÃES: bebendo Toddynho e falando merda

Photobucket


Pára o mundo. Será que eu sou a única pessoa da face da Terra que acha que esta menina tem sérios problemas? Que precisa urgente de um psicólogo?

Minhas desconfianças se agravaram – e viraram certezas – após ler a
entrevista que ela deu à Revista Época. A guria não foi capaz de responder claramente nenhuma pergunta que faziam a ela. Parecia que falava grego. O repórter fazia uma pergunta, e ela começava a viajar na maionese, falar umas bobagens, enfim, não falava coisa com coisa. Gize-se: enquanto respondia, ela “comia sua merenda com Toddynho”.
Alguns segmentos dessa merda ininteligível (obs: são apenas trechos que eu quis frisar, e as questões não estão em ordem):


ÉPOCA SÃO PAULO - Todo o hype inicial em torno do seu nome acabou alimentado, no paralelo, a implicância de muita gente com seu trabalho. Você sentiu esse outro lado?
(...)As pessoas que não dão chance ao coração perdem as coisas. Elas se deixam enganar pelo medo de serem enganadas. A gente não pode ter esse medo. Ser enganado nem sempre é ruim. Eu, pessoalmente, me deixo ser enganada. Milhares de coisas estão por aí e são passageiras, mas são admiráveis e divertidas de se dançar, nem que seja uma noite.

Você sai pra dançar?
Dentro de mim, lógico.

O que mudou?
(...)Será que se pode ser um adulto feliz? Talvez. Acho que o mundo é completamente talvez. Eu sempre quis fugir com o circo, mas nunca pude fugir.

Fugir literalmente?
É, entrar em um ônibus e fugir com o circo. Queria poder pintar, fazer os cenários, as roupas, colocar o coração deles ali.

Faz tempo que você pinta?
Desde antes da música. (...) Eu nunca pensei que fosse ser artista. Achei que fosse ser veterinária ou assistente social. Ou motorista de ambulância.

Outros segmentos:

“Eu vou ter minha vivência, um dia. Mas tenho outros machucados. Nasci num contexto e não posso relutar contra ele – ainda que dentro de mim eu relute.”

“Eu não queria estudar, não queria fazer parte da classe social na qual nasci, por exemplo. Se pudesse optar, estaria vivendo de outro modo.”

“Queria poder morar no meu apartamento, eu sozinha, um gato e meu devido amante.”

“É muito bom chegar perto das pessoas que você admira. Por isso eu sempre quis ser jornalista. Queria fugir com o circo para entrevistar as pessoas na viagem.”

“Eu falo coisas sujas e que podem parecer estranhas quando ditas por uma pessoa na minha posição física tanto em inglês quanto em português.”

“Fiquei com medo quando meu produtor veio com essa onda de querer um produtor no disco. Não conheço nada do ramo. Passei dias e noites refletindo – e eu não sou disso, prefiro gastar esse tempo sentindo.”

Tá, chega de tanta asneira, me mata com a faca da cozinha de uma vez!

Em todas as perguntas, Mallu Magalhães fazia questão de salientar o quanto ela é diferente dos outros jovens, o quanto “foi uma adolescente excluída na escola” (ops, como assim foi uma adolescente? Ela é uma criança!), sempre exaltando seu gosto musical como um troféu. Tudo com um tom hiperesnobe.


O mais impressionante é que a maioria das pessoas acha um máximo toda essa asneira que ela fala!! Acham super cool, cult no úrtimo!! Se parassem pra ler as coisas que ela fala, iam ver como ela simplesmente é incapaz de falar coisa com coisa... Gente, acordem, essa garota não passa de mais uma grande, e bem sucedida, invenção da mídia.

Faço minhas as palavras de alguns comentários (os poucos comentários sãos) deixados no site da Época:

“Mallu Magalhães é ou se faz de retardada. Interessante a parte que ela diz: "Eu não queria estudar, não queria fazer parte da classe social na qual nasci, por exemplo. " Preferi o que srta Mallu? viver numa favela , para poder ter um motivo para sua "melancolia " nas suas letras idiotas?” (Cyr - SP/São Paulo - 05/12/2008 09:04:12)

“Minha primeira impressão dela foi de pena, e, sinceramente, continua sendo. Ela com essas respostinhas metidas a geniais, e que de geniais, nada têm. Quer se passar por misteriosa, a guriazinha, alguém que tem muito a dizer, mas não consegue responder a uma só pergunta sem fugir do assunto ou mencionar os pais. Outra coisa que me irrita muito nela também é o fato dela expor os gostos musicais como se fossem troféis, falando em Johnny Cash e Bob Dylan como se fosse a única adolescente no país que sente repugnância por funk. Não acho que a música dela seja rica, sinceramente; pelo contrário, me irrita. A voz é fraca, não me passa sentimento, como ela tanto gosta de ressaltar, me passa alienação e a hipocrisia de uma guria boba que se acha adulta.” (Fernanda - RS/Porto Alegre - 04/12/2008 23:51:47)

“Ajudem ela a responder coisas coerentes...não dá para ler.Dançar para dentro...seria ela a revolução do pensamento? bah...tem uma coisa que eu não entendo nela...sei não...muito estranha!!!ajudem-na,perguntem...o jeito que ela fala dos pais...esse negócio de homem mais velho me cheira a fuga psicológica,ajuda, etc.” (MICHELLE - RS/Porto Alegre - 04/12/2008 18:37:14)

“Meu Deus! quanta arrogancia e prepotencia, ja vejo o fim dessa pobre alma, drogada fazendo um show por mes e terminando no superpop comentando como saiu das drogas se internando na clinica do Rafael Ilha, da valor aos teus pais imbecil,belo exemplo ta dando pras adolecentes "entrando em lugares que só maiores de idade entram" os pais devem ta desesperados,coitados.”
(mila - RJ/Mesquita - 03/12/2008 05:39:05)


E a pergunta que não quer calar: o que tinha nesse Toddynho??

OBS: Marcelo Camelo caiu MUITO no meu conceito... não por namorar a Mallu, mas por ter dito que a menina “mudou sua forma de ver a música, de compor”. Que decepção, hein Camelo?

23.11.08

Tonight Im tangled in my blanket of clouds, Dreaming aloud...

Eu quero me livrar do meu lado que é só sofrimento, me dissociar dos meus chicotes. Mas sem segregar meus sofrimentos de construção e minhas dores instrutivas. As lições que fortalecem.
Quero me liberar dos meandros sem propósito, das bolas de neve, dos túneis escuros, dos meus boicotes.
Quero saber viver com certos pontos de interrogações nas costas. Sem que eles me pesem. Ou pelo menos sem que eles me pesem tanto.

Eu quero me mandar, mas sem nunca me perder de vista.

12.11.08

Vitimização Inconsciente

Você pode dizer que não, mas no seu inconsciente, você se faz de vítima. Quando convém, é claro. 

Bem ou mal, a vitimização é um ótimo subterfúgio.
É a perfeita desculpa para os nosso fracasso.

Hoje estava conversando com uma amiga, a Lara*, e estávamos estressadas, chateadas com certos acontecimentos, bem como com a imensa quantidade de provas e compromissos que temos ultimamente. 

"Ontem eu tava pensando na vida, e cheguei à conclusão que a minha vida tá uma merda".

Será que este "pensando na vida" não foi um pouco tendencioso?
Será que não fazemos questão de pensar de uma forma que nos leve a acreditar que a nossa vida é uma merda, que tudo que acontece com a gente é uma merda, que é uma conspiração do destino pra que tudo dê errado, que somos injustiçados, etc.?

Foi isso que eu disse pra ela. Como esperado, Lara* respondeu imediatamente que não, óbvio que não era isso, ela tem certeza que não está se fazendo de vítima, ela não faz essas coisas.

Claro, eu disse a ela, a gente não faz isso de propósito, e nem gosta de pensar que faz, afinal, é tudo inconsciente, é tudo subterfúgio, é tudo desculpa esfarrapada pra nós mesmos.

É o mesmo que ocorre quando temos uma prova muito difícil pela frente e ficamos batucando no cérebro: "sou burra, sou burra!". Sim, isso facilita tudo. Sermos burras já é o juízo final, é o fim de tudo. Mesmo estudando a gente nunca vai conseguir aprender, pois somos burras. Bela desculpa.

Ou também quando eu acordo pela manhã, sonâmbula, e penso: "ai, eu tou muito cansada, minha rotina tá muito pesada, mereço dormir". E falto a aula. 

Esse esquema de vitimização só leva a um caminho: auto-sabotagem. No final das contas nos boicotamos, acabamos indo muito aquém das nossas capacidades.

Paremos com essa burrice de ir pelos caminhos mais fáceis e acreditarmos nas nossas prórpias desculpas. Elas nos aprisionam.

FICADICA!

8.11.08

Até a revista feminina...

Ontem à noite, possuída pelo tédio, me pus a navegar por uns sites, digamos assim, não muito educativos.
Sem querer caí de pára-quedas no site da revista Nova, e acabei clicando num dito "teste para descobrir qual a cor da sua aura".
Depois de responder a 100 enfadonhas questões, quase babando no teclado, me deparo com o seguinte resultado:


Houve um empate nas cores:
Magenta (vermelha arroxeada): Inovação, extravagância e rebeldia. Indica que você não é conformista e tem dificuldade em aceitar regras. Muitas vezes, vê o trabalho e a família como uma prisão. Precisa criar um estilo de vida que esteja em harmonia com o que acredita, mas que não agrida ou exclua os outros.
Dourado-Amoroso: Abstração, gentileza e generosidade. Sua mente está sempre fervilhando de idéias, mas você sente dificuldade em colocar tudo no papel e priorizar tarefas. Procure não se envolver em mais compromissos do que consegue cumprir.


Isso significa que você tem mais de uma camada de cor com a mesma intensidade. Sinal de que está em conflito e precisa descobrir quem realmente é.

WTF???? Até uma revista feminina vem me insinuar que eu sou uma pessoa em conflito.
Admito que fiquei mal. De fato, acho que sou um hopeless case...



(isso também é fruto da minha noite entediada)
Aiai. Eu mereço.
Quero ir à feira do livro!!

5.11.08

Lalalá Tralarirá

Sem nenhum post auto-ajuda para que os outros leiam, se confortem e comentem, ok? Caia fora se você é desse tipo.

Ando irritada e intorelante com o pessoal da faculdade. Sei lá, tudo me irrita, não gosto mais das pessoas como antes, não tenho mais paciência pras suas histórias pequenas e repetidas. Com algumas exceções, quais sejam duas ou três amigas.

Sem paciência para observar as panelinhas, as fofoquinhas, as intriguinhas. Lá é assim, sempre foi e sempre vai ser: um antro de fofoca, de intriga, de um querendo pisar em cima do outro na primeira oportunidade. Seja porque sabe alemão, porque fez um curso na itália, ou qualquer coisa que prove grande capacidade intelectual, seja porque é mais bonito e mais popular, ou porque tem roupas mais caras ou trendsetters. No fundo, são todos iguais, não há diversidade alguma.

Mas no meio disso, há algumas coisas que abrem a cabeça. Ontem fui num evento muito massa, cujo palestrante era o jornalista Caco Barcellos. Confirmei o que já sabia: o cara é um máximo. Ele falou sobre a cultura da violência, assunto que devia interessar a todos, e especialmente me tocou, agora que estou trabalhando com direito penal. Ele apresentou alguns vídeos, e principalmente expôs as opiniões dele sobre o assunto.

Interessante que a patrocinadora do evento, chamado "Diálogos Universitários" (q era de graça, dava comida de graça, mochila de graça e até o cu de graça) tratava-se da empresa Souza Cruz, empresa que produz cigarro, desde as lavouras de fumo até as grandes indústrias. Engraçado que a Souza Cruz fica patrocinando esses eventos de "consciência social" como se fosse muito boazinha e não ganhasse nada em troca. Apresentou vídeos mostrando como ela é bondosa com os agricultores e com a sociedade. Ahã. Mas o mais engraçado foi uma pergunta que fizeram da platéia para a representante da Souza Cruz: "é verdade que o cigarro mata mais que o dobro do que a violência?". A platéia caiu no riso. A mulher, altiva e imponente em seu salto 15, e apoiada em seus discursinhos prontos, despencou. Mas fez questão de dizer, com seu chiado carioquês exagerado: "Vocêixx axxam que eu não goxxxto desaxxx perguntaxx mas eu adoroooo!!! Muito obrigada quem feixxx!!!!". Pior que isso foi a resposta, também fruto de um discurso pronto, uma vez que sem dúvida eles são treinados para se dar bem diante dessas provocações: "É, porque a gente nasce ouvindo que cigarro faz mal, e isso entra na nossa cabeça..." What the fuck??? Ela tá querendo insinuar que cigarro não faz mal?? Sorte que ela era bonita e bem vestida e bem maquiada, assim o povo recebeu ela bem, naturalmente. Mas mesmo assim, ouviu-se uns "UUUUU" de uns poucos ouvintes.

Me estendi.

Dale Obama. E eras isso.

18.10.08

"Chorei três horas, depois dormi dois dias. Parece incrível ainda estar vivo quando já não se acredita em mais nada. Olhar, quando já não se acredita no que se vê. E não sentir dor nem medo porque atingiram seu limite. E não ter nada além deste amplo vazio que poderei preencher como quiser ou deixá-lo assim, sozinho em si mesmo, completo, total."
(Caio Fernando Abreu)

13.10.08

Felicidade

Felicidade: é uma coisa passível de se aprender?
Ou simplesmente nascemos com a vocação ou não para sermos felizes?

Às vezes acho que eu tenho a "vocação" de complicar as coisas, teorizar demais, refletir demais, acerca de coisas tão simples, que outras pessoas simplesmente viveriam, sem pensar em nada.

Tô precisando virar adepta de um estilo mais "just do it", seja o "it" bom ou ruim. Pq eu consigo complicar até coisas teoricamente boas!! E me escarafunchar nos labirintos da minha própria cabeça, que não chegam a lugar algum, pelo contrário, só fazem o favor de me auto-sabotar.

Aiaiai.

A minha vida tá tão perfeita, pq eu não me sinto feliz? Pq às vezes eu deixo as coisas mais toscas contaminarem todo um conjunto de coisas boas? Tipo a prova de processo civil, ou o olhar nojento de uma pessoa insignificante.

Tô sentindo falta daquele sentimento de alegria me invadindo, que faz eu querer flutuar. Quando será q ele volta?

"A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar..."

5.10.08

Impressões de SÃO PAULO


Na minha ida a São Paulo no finde passado, tirei duas conclusões:

1) Eu AMO Porto Alegre;
2) Porto Alegre é muito provinciana.

Minha primeira imagem de São Paulo foi das piores possíveis. Mau cheiro nas ruas, muitos miseráveis atirados em cantos, uma tentativa de assalto e concreto, muito concreto e fumaça.

Tá certo que isso foi quando eu saí para passear num Domingo no Centro, ou seja, estava tudo vazio, os mendigos se apossando de tudo, coisas bizarras do tipo um cara que se intitulava o novo profeta de Jesus na Praça da Sé, cheiro de mijo em tudo que era canto. Uma coisa é fato, o policiamento lá é mto reforçado. Apesar da quantidade de miseráveis e gente desconfiável pelas ruas, a cada esquina tinha um ponto de patrulhamento ostensivo.

Após essa impressão ruim, e após a impressão pior ainda que foi passar pelas humilhações daquela embaixada americana pra conseguir renovar o visto (tá, eu sei q isso não é culpa de SP), fiz uns passeios legais, curti o Shopping Morumbi, uns restaurantes tridis, e curti andar por algumas ruas típicas como a Liberdade, a José Paulino (mtas roupas incrivelmente baratas!!), e tb a Galeria do Rock. Enfim, SP é bem diferente de POA, é uma verdadeira cidade grande, com mtas peculiaridades. Não curti o fato de ser mto extensa e pouco arborizada. Mas sem dúvida é uma cidade “trendsetter”, em que a moda, a arte e mtas outras cositas mais chagam antes que em POA, isso quando chegam. O povo ali é voltagem 220 constante, e apesar do trânsito, se organizam mto bem no meio do caos.

Depois posto algumas fotos.
Até.

Hoje foi dia de eleições para prefeito e vereador. Não acredito nem em "festa da democracia" e tampouco no outro extremo, do repúdio à política. Não adianta ignorarmos nosso papel na sociedade e vivermos reclamando, fingindo que não temos nada a ver com isso. A pior nação é aquela feita de alienados. 

24.9.08

Algumas Coisinhas

Super inovações por aqui!

- Estou utilizando um novo layout, que eu adorei e achei super organizado, é um free feito pela Dani do Sinopse.org.

- Estou postando através do Windows Live Writer, um editor de texto que foi a maior invenção dos últimos tempos! Virei fã.

Devido à minha falta de tempo e stress que o html e os meus templates tor(s)t(c)os me traziam, eu postava muuito pouco. Agora me esforçarei para postar mais.

Aprender é bem legaaaaau:

livros 001

...Éééé....

Além dos estudos, estou trabalhando muito, o que está meio cansativo. Mas este blog será bem cuidado =)

Um beijão!

Ser ou Não ser (Vegetariana)

Ponto um: Eu tenho uns problemas nervosos de refluxo, gastrite, coisas do tipo. Volta e meia tenho que usar uns remédios e às vezes tenho recaídas.

Ponto dois: admito que tenho um péssimo hábito alimentar. Não como frutas (tenho preguiça de descascar, sempre uso a desculpa de que não tenho tempo), como um monte de porcarias fora de hora (novamente, não tenho tempo!!), e agora que passo o dia inteiro fora de casa, indo direto da faculdade-pro-trabalho-pra-faculdade-pra-alguma-outra-aula-qualquer, vivo de tranqueiras industrializadas e cappuccinos nos intervalos.

Ponto três: preciso emagrecer.

Ponto quatro: ser vegetariano está super na moda genteeeem! As celebridades magérrimas e zens tipo Fernanda Lima e as minhas amigas mais elegantes adoram propagandear o vegetarianismo poraí.

Ponto cinco: eu não viveria sem leite e derivados, daí descobri que tem um troço chamado ovolactovegetarianismo que cairia como uma luva pra mim!! (e eu ainda porderia comer ovo frito! êÊÊ!)

Ok, vamos ao relato. Terca-feira denoite eu estava elétrica na minha cama sem conseguir dormir e decidi que ia virar ovolactovegetariana. Sim, imagina, eu viraria de uma hora pra outra zen, saudável, magra. e na moda!

Após uma conversa com minhas amigas da faculdade, decidi que iria ser só lactovegetariana, pois comer ovos significa interromper o ciclo de vida dos pintinhos, imagina que horror.

Enfim, estava super empolgada pois eu iria entrar na moda, e teria algo especial e peculiar ao meu respeito (sem contar que a palavra é chique, tipo rebuscada), pra contar pros outros: "zénti, sou lactovegetariana!", ou usaria de argumento de superioridade, tipo "sou lactovegetariana, bíãch!"
Vai dizer? Soa superchique. O próximo passo pra subir no status seria aprender frac�s.

Continuando o relato. No mesmo dia fui almoçar no MP, onde eu estagio, lá tem um restaurante-buffet bem bom e tal. Fui me servindo involuntariamente (esqueci que tinha virado lactovegetariana). Ao sentar na mesa, lembrei. Olhei pro meu prato: peixe, carne de gado e frango. Sim. Os três. Matei um peixe, um boi e uma galinha.

Conclusão: não adianta fugir à minha natureza e ao ciclo da vida (cadeia alimentar).

Ressalva: respeito muito quem é vegetariano e realmente acredita nos princípios e filosofia do vegetarianismo, e não faz isso somente por modinha.

11.9.08

amor lúdico

O meu amor por ti é assim,
tão natural
quanto o primeiro raio de sol
que seca a última gota de orvalho;

tão contínuo quanto o dia e a noite;
tão intrínseco à natureza quanto os ciclos das marés.

E se alguma vez te questionares
Se por acaso duvidares
da minha alma que te sorri,

Pergunta ao primeiro pássaro da manhã
Porque tão delicado
e inocente quanto seu canto

é meu amor por ti.

1.9.08

A sem-gracinha veste Renner, ou The Secret Dreamworld of an awkward girl

Preciso confessar uma coisa. Eu sei que 3/4 e meio da blogosfera vai me odiar por isso, mas azar: eu odeio Becky Bloom. Eu não gosto de Sophie Kinsella. Tampouco de Lauren Weisberger...

Eu tive a infeliz idéia de comprar, agora em recente viagem à Inglaterra, The Secret Dreamworld of a Shopaholic e Chasing Harry Winston (esse último, lançamento de Lauren Weisberger, a criadora do The Devil Wears Prada). Aquelas capinhas bonitinhas e tudo, todo mundo falando, deve ser legal. Eu já sabia que era superficialzinho, comprei sabendo disso, e também por isso, pq precisava de algo levinho para ler e relaxar de tanta palavra difícil instrinseca à minha área de trabalho. Mass... cara, é demais. Eu não quero fazer polêmica, eu acho que a ignorância é minha. Não entendo as marcas q elas citam, não entendo as piadinhas, não acho graça em nada. Li as primeiras 49 páginas da Sophie Kinsella e as primeiras 33 da Lauren. Aquilo não me relaxou, só me irritou. É algo tão fora da minha realidade que simplesmente não compreendia aquelas personagens.

Isso não é pra fazer parecer q sou intelectualóide ou coisa do gênero, até pq eu adoro coisas superficiais no meu tempo livre. Folheio Contigo e Capricho quando chego do estágio ou antes de dormir, e me distraio, da mesma forma que adoro ver a novela das 8 com a minha mãe e comentar tudo com ela. Mas sei lá, simplesmente não consegui me enxergar perdendo meu tempo com a vida da Becky Bloom ou da Emmy. Tá, agora podem me linchar!
OBS: Nada ver com o assunto, acabei de ler que a Amy Whinehouse teve outra overdose depois de passar 36 horas fumando maconha e usando tb uma outra droga, crystal meth. Pô, alguém salva essa mulher façoavooor???

A propósito dos livros, se alguém se interessar, estou vendendo eles! Pouco folheados, comprados novinhos em folha em Londres, R$10,00 cada! Se alguém se interessar, mandar e-mail para gabifeldens@yahoo.com.br !

31.8.08

O meu gato felpudo aqui pedindo pra ser acariciado, bailando entre minhas pernas magras. Eu não sei mais o que fazer quanto ao cigarro. Ele ainda me mata. Meu velho amigo. O gato dá um miado arisco e estridente quando eu o pego de maneira desajeitada e o jogo na minha cama. Ele não gosta de ser rejeitado. Fica num canto me olhando, parece que trama algo pra se vingar.

Das minhas caminhadas em Praga eu trago meu silêncio, e o gosto do tabaco praguense, que eu tragava pensando em Kafka. As ruazinhas estreitas cheias de surpresas, o formato simétrico das casinhas e de seus telhados homogênios me trazem saudade. De vez em quando aqueles vendedores compulsivos de souvenirs me chateavam, e minha cabeça começava a rodar, com suas vozes no fundo, me chamando, -matriochka!. Aquilo me irritava e eu fazia gestos obcenos pra eles. Ca-ra-lho.

Eu ficava ziguezagueando tonta por aquelas ruas, e o calor me fazia obcena. Eu sentia os hormônios fervilhando, me sentia à flor da pele. Mas a tontura continuava. E eu sempre lembrava do gato, ele estaria sem comida em casa a essa altura. E lembrava do dono da pensão, ele era tão italiano e destoava tanto da Praga que entendia Mosart. Com aqueles berros inconvenientes e uma pose dispensável de homem maduro ele me incomodava. Se ele me aparecesse naquele momento, eu dava pra ele ali mesmo. Mas daquele jeito bem impessoal, eu só abriria o ziper de suas calças imundas e me deixaria ser tragada.

Que nem eu fazia com aquele cigarro forte, meio sem pretensão, sem gosto, sem alma, e eu continuava caminhando tonta por aquelas ruas. E o gato deve estar rosnando em casa...

16.7.08

London

Estou postando de Londres, capital do universo!
Estou obviamente escrevendo sem acento pq o teclado daqui nao tem acento.

Imergir em diferentes culturas eh simplesmente um crescimento inimaginavel.
Os pubs aqui fecham as 11, o que eh totalmente diferente do Brasil. Era 10 da noite e a noite londrina estava no seu pico.

Me sinto total cidada do mundo, tomo cafe da manha em um pequeno recinto em que convivem pelo menos 4 linguas diferentes. estou dormindo no quarto com uma amiga e mais duas gurias, uma australiana e outra ainda nao descobri. Hj presenciei a premier de um filme que vai estrear em london esse mes nos cinemas, eh demais, a imprensa toda cobrindo, os atores chegando de limosine, garotas freneticas gritando "aaron i love you! simon you fallen from heaven!!".

almocar nas lindas pracas eh de praxe, sem contar o tradicional cafe starbucks ou nero, que compramos pra tomar na rua eh claro, pq pra sentar nas mesas eh sempre mais caro. livrarias, sebos, brexos, antiquarios...

Agora meu tempo na lan esta acabando, tenho que voltar para o albergue. outro dia conto mais.
ate!

10.7.08

caos..medo..caos...

CAOS! CAOS! CAOS!!

AAAAHHHH. porque tudo tem que acontecer ao mesmo tempo.
haja cabeça evoluída e corpo que agüente!

E faltam agora 3 dias pra eu viajar, e mil coisas pendentes ainda.
E falta uma prova pra ser feita, 2 dias antes de eu viajar. E trabalhos. E incineraram meu portfolio.

E meu corpo resolveu, bem agora, baixar a imunidade e pegar umonte de doença e pereba. Argh, justo quando eu mais precisei de você saudável.

E eu estou tendo sérias crises infantilóides, juro que gostaria de voltar para a barriga da minha mãe agora. Tô quase dando pra trás. Tô a ponto de explodir!!!

E o coração? Esse também não contribui... assim não dá, todos contra mim!!

Medo...medo...medo..............................caos!

3.7.08

Melody and silence

Voltou-se e mirou-a como se fosse pela última vez, como quem repete um gesto imemorialmente irremediável. No íntimo, preferia não tê-lo feito; mas ao chegar à porta sentiu que nada poderia evitar a reincidência daquela cena tantas vezes contada na história do amor, que é história do mundo. Ela o olhava com um olhar intenso, onde existia uma incompreensão e um anelo, como a pedir-lhe, ao mesmo tempo, que não fosse e que não deixasse de ir, por isso que era tudo impossível entre eles. Viu-a assim por um lapso, em sua beleza morena, real mas já se distanciando na penumbra ambiente que era para ele como a luz da memória. Quis emprestar tom natural ao olhar que lhe dava, mas em vão, pois sentia todo o seu ser evaporar-se em direção a ela. Mais tarde lembrar-se-ia não recordar nenhuma cor naquele instante de separação, apesar da lâmpada rosa que sabia estar acesa. Lembrar-se-ia haver-se dito que a ausência de cores é completa em todos os instantes de separação. Seus olhares fulguraram por um instante um contra o outro, depois se acariciaram ternamente e, finalmente, se disseram que não havia nada a fazer. Disse-lhe adeus com doçura, virou-se e cerrou, de golpe, a porta sobre si mesmo numa tentativa de seccionar aqueles dois mundos que eram ele e ela. Mas o brusco movimento de fechar prendera-lhe entre as folhas de madeira o espesso tecido da vida, e ele ficou retido, sem se poder mover do lugar, sentindo o pranto formar-se muito longe em seu íntimo e subir em busca de espaço, como um rio que nasce. Fechou os olhos, tentando adiantar-se à agonia do momento, mas o fato de sabê-la ali ao lado, e dele separada por imperativos categóricos de suas vidas, não lhe dava forças para desprender-se dela. Sabia que era aquela a sua amada, por quem esperara desde sempre e que por muitos anos buscara em cada mulher, na mais terrível e dolorosa busca. Sabia, também, que o primeiro passo que desse colocaria em movimento sua máquina de viver e ele teria, mesmo como um autômato, de sair, andar, fazer coisas, distanciar-se dela cada vez mais, cada vez mais. E no entanto ali estava, a poucos passos, sua forma feminina que não era nenhuma outra forma feminina, mas a dela, a mulher amada, aquela que ele abençoara com os seus beijos e agasalhara nos instantes do amor de seus corpos. Tentou imaginá-la em sua dolorosa mudez, já envolta em seu espaço próprio, perdida em suas cogitações próprias - um ser desligado dele pelo limite existente entre todas as coisas criadas. De súbito, sentindo que ia explodir em lágrimas, correu para a rua e pôs-se a andar sem saber para onde...

Vinícios de Moraes

29.6.08

100% stress

Estresse total. Estou frenética! Mil coisas a fazer, probleminhas e problemões pendentes, coisas a resolver para minha viagem (que é daqui a menos de duas semanas), provas finais, mil páginas em chato e ininteligível jurisdiquês para desvendar... ninguém merece.

Aliado a isso, sentimento de que eu sigo o rebanho. Ou seja, de mediocridade. E outros campos da vida à mil... passado vindo à tona, futuro se metendo no passado, presente intenso... Não sei onde tanta coisa junta vai parar. Não sei se tanta coisa junta assim é bom sinal. Não sei. Ahhhhhhh.

Não me encontro em condições de pensar na vida nesse momento, pq tudo está fora do lugar, a poeira está nas minhas narinas, nos meus olhos, e eu não consigo enxergar nada com nitidez. Não, Gabriela, nada de refletir sobre a vida. Vamos ver onde toda essa mistureba vai me levar.

28.6.08

sem imagens ou palavras próprias



"Por muito tempo achei que a ausência é falta.E lastimava, ignorante, a falta.Hoje não a lastimo.Não há falta na ausência.A ausência é um estar em mim.E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,que rio e danço e invento exclamações alegres,porque a ausência assimilada,ninguém a rouba mais de mim."

Imagem: Morning Sun, de Hopper.

20.6.08

Das sociedades frustradas

E lá estava eu, olhando a chuva respingar a cidade pela janela, me deliciando com um cappuccino e divagando acerca de relacionamentos frustrados. Amores contrariados. Destinos descruzados. Essas coisas.

Sabe que no direito societário, uma das causas da dissolução total da sociedade é o exaurimento do objeto social. Ou seja, uma vez esgotado o objeto de determinada sociedade, vale dizer, esgotada sua razão de ser, não há mais razão para continuar a pessoa jurídica.

E eu cá pensando... fazendo uma analogia (meio tosca, é claro) entre a sociedade e o ser humano. Quando entramos em um relacionamento pra valer, mergulhando de ponta e tudo, chutando pra longe a razão e a lógica, acabamos promovendo o ser amado para o centro das atenções e centro das prioridades das nossas vidas. Ou seja, transformamos o imbecil do nosso amor em objeto vital da nossa existência, em nossa razão de ser, em nosso objeto social (isso claro considerando que todas as pessoas do mundo são intensas, passionais e irracionais como eu...).

No momento em que o objeto social é exaurido, ou seja, que chutamos ou somos chutados pelo amor das nossas vidas, não há mais razão para continuar a pessoa física. Assim, de repente, não mais que de repente, se esgota a nossa razão de ser.

Se fôssemos uma sociedade, iríamos à falência total. Acabaríamos. De vez. Algumas pessoas, como o jovem Werther, também.

Daí eu me pergunto: como eu fui capaz de sobreviver a essa dor? Como nós somos capazes? Cãrã, nós somos muito fortes, implacáveis. A gente fica com o nada dentro de nós e ainda assim conseguimos transformar o nada em razão de viver, conseguimos nos reerguer e buscar novos objetivos. Claro, isso com uma ajudinha do senhor Tempo. Velho sábio. Senhor de respeito.

Mesmo assim, a gente não consegue transformar todo o enorme pedaço de nada em razão de viver. Algum pedacinho sempre fica. E esse pedacinho se chama vazio. Quem sabe um novo amor, ou uma nova possibilidade de amor, não pode nos ajudar nesse aspecto?

A essa altura meu cappuccino já está frio, e a chuva mais esparsa. Mas ela continua a molhar.

16.6.08

Libertemo-nos

“Todos os caminhos conduzem ao mesmo objetivo: comunicar aos outros o que somos. Devemos atravessar a solidão e a dificuldade, o isolamento e o silêncio, a fim de chegar ao local encantado onde podemos dançar nossa dança desajeitada e cantar nossa canção Melancólica - mas nessa dança ou nessa canção são cumpridos os ritos mais antigos de nossa consciência, na percepção de sermos humanos e de crermos em um destino comum.” (Pablo Neruda)

Ultrapassar as barreiras imaginárias (e ao mesmo tempo inimagináveis) do “alter”, imergir num universo complexo e amplo que não é nosso, e buscar identificação: essa é nossa maior missão nessa vida. Quebramos a cabeça tentando entender o porquê de estarmos aqui, quem somos nós e pra onde iremos… essas respostas encontramos uns nos outros, na comunicação, na identidade de nós mesmos contida no próximo.Vida é alteridade: é reconhecer o outro como diferente de mim, e ainda assim me reconhecer nele. É rompendo as bolhas de outrem (e lutando para livrarmos-nos de nossas bolhas), desfazendo a visão preconceituosa de que os olhos dos outros são nossas prisões, superando a tendência ao isolamento e tendo coragem de mostrar quem somos (”dançando nossa dança desajeitada e cantando nossa canção melancólica”) que atingiremos a eudaimonia, a felicidade, o real sentido da vida…Libertemo-nos!
*Texto originalmente publicado em CaosCriativo.wordpress.com.

5.6.08

o brilho nos olhos de quem VIVE

Durante uma aula de Civil com uma ilustre professora, esta assinala, em meio ao conteúdo do fortuito interno: “o risco é a contrapartida dos lucros”. No contexto do direito das obrigações, essa frase se refere ao risco que as empresas assumem ao exercer certas atividades (por exemplo, um banco assume o risco de ser fonte de cobiça para os ladrões). Entretanto, como todas as disciplinas do direito, essa comporta a possibilidade de transcendência para outros âmbitos. E é disso que se trata esse post. Das reflexões que a frase dita pela minha professora me ocasionaram.

Aqui cabe uma bela passagem de Morris West:
"Custa tanto ser uma pessoa plena, que são poucas aquelas que têm a luz e a coragem de pagar o preço... é melhor tentar e falhar que preocupar-se e ver a vida passar. É preciso abandonar por completo a busca da segurança e correr o risco de viver. É preciso abraçar o mundo como a um amante. É preciso cortejar a dúvida e a escuridão como preço do conhecimento. É preciso ter uma vontade obstinada no conflito, mas também na capacidade de aceitação total de cada conseqüência de viver e do morrer."

A capacidade de mudar, de enfrentar o desconhecido, de dizer não à comodidade, de transgredir... Essas coisas envolvem coragem, e implicam a exposição a riscos. Sem esses riscos, não encontraremos os verdadeiros lucros de viver. De viver de verdade. De sentir o sangue quente correndo pelas veias.

Custou para eu admitir que sou uma menina que fugiu com o circo. Sou impulsiva, inconstante, intensa, desbocada. Aceitar-me assim, enquanto vivo em um meio que preza o agir consoante o cuidado do bonus pater familias (bom pai de família), o falar polido, a discrição e a pose, foi difícil.

Hoje, me aceitando e tendo orgulho do meu modo de viver, olho em volta e vejo pessoas contidas... que se apegam a coisas, a rotinas, a pessoas, demasiadamente... sem coragem de jogar fora as tralhas que não constroem mais. Essas pessoas não têm o brilho dos olhos de quem vive... apenas carregam o fardo de existir.

4.6.08

Toda mulher é meio Leila Diniz?



Leila Diniz nasceu em 1945 e balançou todos os estereótipos morais vigentes. Ela nunca se casou oficialmente, desfilou na beira da praia com um barrigão de grávida e tinha atitudes ousadas (como pedir cachaça no balcão do bar), tornando-se o maior símbolo da revolução sexual no Brasil nos 60’s. Imortalizada na voz de Rita Lee, o verso “Toda Mulher é meio Leila Diniz” bem como uma reportagem muito interessante que li no jornal local me incitaram reflexões nesta semana da mulher.
A tradição milenar arraigada no inconsciente coletivo é de mulheres cuja maior aspiração de vida consiste no casamento, nas lidas domésticas e nos filhos gordinhos, saudáveis e rosados. Há 40 anos, desde o surgimento da pílula anticoncepcional, a situação paulatinamente se modifica. O sexo agora pode ser por prazer e pode ser antes do casamento; a mulher migrou para o mercado de trabalho, ganhando seu próprio dinheiro.
Mas será que estamos chegando perto de ser meio Leila Diniz? Me parece que não. Acumulando tantos afazeres, e mulher sente-se na obrigação de ser perfeita e bem sucedida em tudo: na educação dos filhos, no casamento, no trabalho - bem como de manter uma maquiagem, um cabelo e um corpo impecáveis (sem estrias e tampouco celulite, é claro). Isso tudo sobre um salto de 10cm e sem perder a pose.
A pergunta é: será que isso é ser livre e independente? Leila Diniz, dizem os amigos que deixou (aos 27 anos, devido a um acidente de avião), não se preocupava em seguir padrões e tampouco em ser “diferente e revolucionária”. Ela era simplesmente Leila. Desfilou o barriga nas areias de Ipanema tão somente porque o médico disse que sol era bom para o bebê.
Como podemos nos obrigar a ser perfeitas em tarefas que foram ocupadas milenarmente pelo sexo oposto? Tentamos ser espetaculares em tudo, do escritório à cozinha, do quarto do marido ao quarto do bebê, como se ainda tivéssemos que provar nosso valor, como se tivessemos que provar pra não-sei-quem que somos perfeitas e indispensáveis. Por favor, vamos tentar viver com menos culpa. Ser livre não é ser perfeita em tudo. Sejamos mais espontâneas, reiventando nosso jeito de viver nessa nova sociedade de novas mentalidades, mas que ainda é deveras recente.
*Texto originalmente publicado em Caoscriativo.Wordpress.

3.6.08

Invasão

E assim, sutil, sem muitas pretensões, foi se aprochegando à minha tradicional mesa do café... driblando meus escudos, tropeçando em meus mais íntimos segredos...
Hoje eu sento n'uma mesa diferente. Com ele. Que vem se tornando - quem diria, para mim, mar de ceticismo - insubstituível.

8.4.08

Sorriso triste

E aquela menina serelepe, de riso fácil e olhos azuis brilhantes, agora é cinza e sem vinda. Pálida, fosca, apática, só lhe é possível arrancar sorrisos vazios, tristonhos. As suas palavras, pifias, desordenadas, aleatórias, formam frases tristes. E ela não brilha mais como antes. Roubaram seus sonhos.

7.4.08

Roubar sonhos

Pior do que trair um contrato é trair um sonho. A fidelidade aos sonhos é muito mais séria do que a fidelidade aos casamentos.

E quando alguém rouba o seu sonho? Quando alguém faz pouco de tudo que você constrói há tempos, com todo seu amor e todo seu carinho? Com tudo de melhor que há em você?Quando alguém destrói tudo em que você acredita.Quando alguém pisa, ateia fogo, acaba, sem dó, com seu maior projeto. É como se um ladrão roubasse o seu computador com toda a sua tese de doutorado dentro. E era o único computador em que você a tinha salvado.Não. É muito pior que isso. Porque podem roubar sua tese de doutorado, mas ainda não roubaram seu sonho, porque você ainda tem a sua cabeça, com seu conhecimento, com suas idéias.Quando alguém rouba seu sonho, rouba também seu coração, suas idéias, sua alma.

Esse roubo ainda não é criminalizado. Não está no Código, na Constituição, não existe pena correspondente. Mas devia. Devia ser o primeiro artigo da Constituição. Porque acabar com um sonho, é te deixar seco, oco, morto-vivo.

26.2.08

A half Elis

Elis subsistia. Chegava em casa cansada do dia, ligava o rádio para sentir-se menos sozinha, olhava melancólica para o balançar das árvores e isso a fazia lembrar que ela vivia. O telefone tocava e, como sempre, ela ignorava. Pegava um livro na mão, lia duas páginas e desistia dele. Ligava o computador, entrava em um ou dois sites e depois enjoava. Via programas de tv (não até o final, claro). E essa sensação de “pela metade” imperava em sua vida. Era uma sensação triste, que ela sabia que tinha como reverter mas sabia também que não contribuía muito para isso. Talvez fosse a sua sina. Ela não se sentia merecedora de fazer parte do todo. É como se ela ameaçasse o equilíbrio das coisas. Ela não fazia parte do mesmo mundo do vento que balançava as árvores, dos artistas de tevê e das pessoas à sua volta. Talvez pertencesse mais ao mundo dos personagens dos livros: são mágicos, belos, intensos; mas não pulam pra fora de suas páginas. Lá estão presos pelos seu criador, à mercê de sua vontade. Elis era presa pelos olhos bitoladores dela mesma, escrava de seus próprios parágrafos. Assim ela era, cruel com ela mesma e com os outros. Tinha medo de compartilhar a melodia de seus versos.

18.2.08

Maldição de Cassandra

Estava hoje conversando com minha terapeuta sobre uma situação muito chata pela qual estou passando, e ela me apresentou uma história muito interessante: o mito da Maldição de Cassandra.

Resumidamente: Cassandra era devota e servidora do deus Apolo, tendo ele lhe ensinado o dom da clarividência e os segredos da profecia. Ela cresceu e se tornou uma jovem de impressionante beleza, o que fez Apolo se apaixonar por ela. Uma vez tendo ela renegado seu amor e se negado a dormir com ele, este, por vingança, lançou uma maldição na mulher: fez com que ela perdesse total credibilidade e poder de persuasão, para que ninguém viesse a acreditar em suas profecias e em quaisquer coisas que dissesse. Assim, todos chamavam Cassandra de louca a cada palavra que ela dizia. Para os outros, ela era uma pirada que só falava abobrinhas e inverdades.

Tem gente que nos faz sentir Cassandra. Devemos nos afastar dessas pessoas, pois nos fazem muito mal. Em geral são pessoas inteligentes, e fazem um jogo tal com a nossa cabeça que parece que só falamos absurdos, somos loucos e temos mania de perseguição. A tecla é tão tocada que acabamos acreditando em tudo isso, acreditamos que somos loucos e só falamos merdas inverídicas. Não caiam nessa armadilha. Fujam de pessoas assim, ou irão parar no divã, como eu!

17.2.08

Um papo franco com meu eu-lírico

Eaí, como vai você, meu eu-lírico? Faz tempo que não nos comunicamos. Até que abri algumas vezes o Word Pad, em tentativas malogradas.
Mas creio que converso melhor com você não diretamente, pois não consigo mais nem sequer escrever coerentemente, mas sim através da leitura... a sábia leitura de bons livros, de bons autores, como O Amor nos Tempos de Cólera, do magnificente Gabriel Gárcia Márquez. Noussa, que texto lindo, esse homem consegue colocar poesia e rima em cada bendito parágrafo que escreve, parece "inspirado pelo Espírito Santo" (como ele mesmo escreve, em alusão ao sentimental Florentino Ariza e suas inflamáveis cartas de amor).

Sabe, eu ia falar sobre política agora, mas não tou no clima nem um pouco. Depois ia escrever sobre Direito, sobre a faculdade, mas também não me apeteceu. Não me encontro nos melhores dias, de fato, então vou esvaindo minha mágoa nas poucas goteiras que tenho, como a literatura e a música.

Eu tive uma agradável descoberta nesses dias tediosos em que estou morando sozinha, e essa descoberta atende pelo nome de Lily Allen. Sim, ela mesma! Já pensei odiá-la, tendo-a quase como um ser repugnante, uma riquinha escandalosa, mas, qual!, descobri que a guria faz boa música. Não me refiro ao hit "Smile" e muito menos ao "Ldn" (que música chata, faça-me o favor), mas sim a umas outras que andei cavando aí, como "Friday Night" e "Shame". Sem contar a última nova dela, "Alfie", ambos música e clipe são demais! Tô adorando essa Lily Allen, mesmo sabendo que ela é uma riquinha chata e que está apresentando um programa na BBC cuja maior atração é ela introduzindo completamente a mão naquela boca suja dela. Mesmo assim, Lily, tu é a minha musa! haha.

Abaixo o clipe de "Smile", que como eu disse não gosto muito mas tá dando um gostinho de assistir nesses últimos dias...

11.2.08

Morando sozinha!

Eis aqui... as aventuras de uma patricinha se virando sozinha em casa!Não diria uma patricinha, mas uma guria que sempre morou com os pais e teve empregada pra fazer comida. Eu posso já ter passado por muitas coisas na vida, mas por essa experiência, jaméé! E o que torna as coisas mais difíceis ainda é que quase toda minha família está no exterior. O engraçado é que quando falam em "morar sozinho" passam mil coisas esdrúxulas pela nossa cabeça, tipo: vou fazer uma festa e chamar o povo! vou quebrar tudo! vou encher a cara com os meus amigos sem minha mãe encher o saco! ...Mas na real a gente acaba não fazendo nem metade desses planos espetaculosos. Eu por exemplo ando mais caseira do que nunca, fico o dia todo em casa lendo, vendo TV, no computador...É um tédio, mas é a sina de quem resolve passar as férias sozinha na cidade, especialmente em uma cidade que não tem praia.
Outra coisa curiosa... nesse país, o ano só começa depois do carnaval! É incrível... Portanto, feliz 2008 a todos! O que se fez antes e/ou durante o carnaval, é coisa do passado, no worries! Agora é hora de organizar a cuca e se mexer pra estudar e colocar dinheiro na poupança.

27.1.08

sobre a saudade...

A pior saudade é aquela que já transcendeu a falta do físico e sofre pelos momentos silenciosos dantes. Especialmente os detalhes.

É a saudade do bafo, da respiração quente. Do bater do coração.
É a falta dos fios de cabelo que caíam nos lençóis. Do olho revirando de prazer. Da abstração que é a intensidade. Dos arrepios conjuntos. Dos sorrisos discretos.
Dos olhares que traduziam tudo o quanto não pode ser dito. Das mãos (principalmente quando entrelaçadas nas minhas).
Dos trejeitos. Das roupas atiradas apressadamente num canto (-onde eu meti minha camiseta...?).
Dos copos vazios. Do balanço da rede. Do céu noturno estrelado que se compartilhava junto, agregado a muitos planos, às vezes secretos e silenciosos.
Saudade de quem eu era.
Saudade de tudo aquilo que se fez tão trivial um dia.

25.1.08

Chibatadas

Na ânsia intempestuosa de colocar um tampão em cima da agonia que sinto nesse momento, da crise existencial (coisa de adolescente aflorando denovo) e de todo tipo de conflito que existe agora dentro de mim, abri o blogger. Mas como tudo ultimamente na minha vida, foi uma ânsia tão somente intempestuosa... a satisfiz abrindo um editor de texto que não sei como preencher. Bem como tomo decisões que não sei como conduzir após a histeria de tomá-las.
Parece que eu só busco o imediatismo, tosco que é, pq se resume por uma histeria e por uma sensação de satisfação imediata, que não tem continuidade. Eu não tenho continuidade. Eu sou apenas decisões rápidas, imediatas e intempestuosas.
Como será minha "continuidade"? Eu bem que merecia umas chibatadas.

24.1.08

Psicotécnico

Finalmente criei vergonha na cara e fui me inscrever na auto-escola. 20 anos nas costas e ainda não sei dirigir... é foda. A questão é que meus pais não vão me dar um carro, mas azar, eu tenho que saber dirigir.
Hoje eu fiz o exame médico e o psicotécnico! Passei "apta com restrições" no exame médico, pq sou ceguinha! Hipermetropia, astigmatismo...e pra piorar não existe um oftaumologista decente em Porto Alegre que consiga descobrir meu grau exato.
Sobre o psicotécnico... A psicóloga parecia uma baratinha serelepe, ela era pequeninha, tinha voz esganiçada e falava toda meiguinha. Me senti total sob análise, um rato de laboratório...tinha medo até de respirar: vai que a psicóloga achasse que o jeito que eu respiro representasse algum tipo de psicopatologia? Psicólogas adoram interpretar o ininterpretável.
Enfim, passei naquela coisa. Segundo a baratinha, tenho "níveis de concentração e atenção altíssimos", e um "nível de percepção acima da média". "Não tenho nenhum tipo de psicopatologia aparente" (atentem para o 'aparente'). Que alívio né? Além disso, "eu tenho auto-estima e autoconfiançã altíííssimos". Ah tah. Comeh q ela descobriu isso olhando a minha árvore, a minha casinha e a minha menininha? Bem coisa de psicóloga mesmo. Perdoem-me os estudantes de psicologia! Mas como a psicóloga foi capaz de inferir tal coisa? Ela é vidente?
De qualquer forma, fiquei faceirinha. Começo minhas aulas teóricas amanhã...Ai ai, que pé no saco. São 30 horas/aula. Mas é o que deve ser feito né! Perdoem-me esse diarinho estilo hoje-acorde-e-escovei-os-dentes-e-fiz-xixi-e-tomei-café mas eu tinha que registrar esse momento sublime. Hahaha beijócas!

22.1.08

Tempo

Tempo, tempo... 'compositor de destinos'... porque não me libera desse fardo? Dizem que tudo curas. Inobstante confesse que às vezes não passas feito vento, rojão; e sim como neblina que se faz ficar, e ficar...Nuvem densa, sufocante, tóxica...
Tempo não existe para os amores descruzados.

=/

Meeeu, o Heath Ledger morreu hoje... me amarrota que eu tô passada!

Ele tinha só 28 anos... foi tomado tão cedo pela peste holliwoodiana? Será que se matou? Tudo indica que sim, afinal, foi encontrado morto em um apartamento em um apto de NY (bairro Soho) com uma penca de soníferos em volta... Bah, fiquei super chocada. Ele era novo, cheio de vida, lindo, ótimo ator. Com certeza tinha um grande futuro pela frente... Esse mundo tá tresvariado.

15.1.08

Libertemo-nos

"Todos os caminhos conduzem ao mesmo objetivo: comunicar aos outros o que somos.Devemos atravessar a solidão e a dificuldade, o isolamento e o silêncio, a fim de chegar ao local encantado onde podemos dançar nossa dança desajeitada e cantar nossa canção Melancólica - mas nessa dança ou nessa canção são cumpridos os ritos mais antigos de nossa consciência, na percepção de sermos humanos e de crermos em um destino comum." (Pablo Neruda)

Ultrapassar as barreiras imaginárias (e ao mesmo tempo inimagináveis) do “alter”, imergir num universo complexo e amplo que não é nosso, e buscar identificação: essa é nossa maior missão nessa vida. Quebramos a cabeça tentando entender o porquê de estarmos aqui, quem somos nós e pra onde iremos... essas respostas encontramos uns nos outros, na comunicação, na identidade de nós mesmos contida no próximo.
Vida é alteridade: é reconhecer o outro como diferente de mim, e ainda assim me reconhecer nele. É rompendo as bolhas de outrem (e lutando para livrarmos-nos de nossas bolhas), desfazendo a visão preconceituosa de que os olhos dos outros são nossas prisões, superando a tendência ao isolamento e tendo coragem de mostrar quem somos (“dançando nossa dança desajeitada e cantando nossa canção melancólica”) que atingiremos a eudaimonia, a felicidade, o real sentido da vida...
Libertemo-nos!

12.1.08

SOCORRO!

EDITANDO: troquei de layout denovo. Desisti daquela coisa complexa de milhares de tabelas, css separado e mil balacas de webdesinger de verdade. Eu, A_pseudo, optei agora por um modelo simples, leve e , acho eu, bonitinho. Inspirado no dela. E, vejam só!, como eu sou demais!, consegui colocar um footer! ;D
{fim da edição}


Fui me arriscar no mundo do html e das tabelas e saiu essa coisa horrenda ¬¬
Eu definitivamente não nasci para fazer layout com essas tabelinhas.
Alguém sabe daonde surgiu aquelas linhas acima do quadradinho? ahhhhhrgh se alguém souber ME-AJUDA-POR-FAVOR!!
É o fim... não sou webdesigner nem aqui nem na China.
Meldeeels! acabei de ver que o footer simplesmente de-sa-pa-res-ceu!!!! não nasci prá isso.

9.1.08

"A evolução e a prosperidade dependem de você aceitar uma dose enorme de riscos. Porém, não são os riscos em si mesmo que garantem a evolução. Mas esta tampouco aconteceria com você ficando sempre no resguardo."
Eu sei que preciso mudar. Agora tenho essa consciência. Mas mudar o que? E em que grau? (Devo radicalizar?) (Devo mudar aspectos até mesmo da minha essência?).
Eu sei que estou parecendo uma garotinha de 12 anos em crise. Mas eu vou fazer 20! 20 anos!! Com essa idade, Joana D'Arc estava sendo queimada na fogueira; Dali já era considerado um gênio, e Bob Dylan era quase um astro.
E eu? A única coisa que eu faço é quebrar minha cabeça com problemas e não chegar a lugar algum. Tenho impressão que nem a minha própria vida eu sei administrar direito.

7.1.08

poema torto de cabeça pra baixo sem rima e sem porquê

Saudosa do aconchego, da intensidade, do acalento, que sabe onde reencontrar. Os olhos fundos, infundos, sem porquê. O olhar sem fundos, raso, oco, blasé. E a falta...a falta não sabe do quê.

Deitada no chão do quarto, em posição fetal. Os olhos vermelhos do choro e da fumaça, e as olheiras das noites mal-sonhadas.

Ela é tão banal.

Inspirado em Fermina Daza.

4.1.08

Eu (1)

Hoje acordei egocêntrica. Por conseguinte, o texto de hoje vai ser sobre nada mais nada menos que...tãtãtã...eu. Eu e o meu mundo. Mas é justo, afinal, eu nunca falei muito sobre mim aqui nesse blog.
Pois bem. Meu nome é Gabriela G. F. Eu tenho quase 20 anos, e moro em uma nada pacata cidade no Rio Grande do Sul, chamada Porto Alegre. Porto Alegre tem muitas árvores e é conhecida por ter o mais belo pôr-do-sol do Brasil. O meu bairro, Bom Fim, tem muitos estudantes (a faculdade federal é bem próxima), intelectuais e pessoas da religião judaica. Há vários cafés e livrarias por aqui. O Parque da Redenção, típico de Poa, está aqui, pertinho da minha casa. Aos domingos temos o tradicional "Brique da Redenção", que é tipo uma feirinha de arte, que varia desde pinturas até artesanato de crochê e balaios dos índios. Tomar um chimarrão aos domingos, passeando pelo brique é o programa mais básico dos porto-alegrenses.
Eu curso Ciências Jurídicas e Sociais (Direito) na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Foram árduos 5 meses de estudo para entrar na almejada UFRGS. Muuitos candidatos por vaga, muito stress, muito calor, muitos livros. Valeu à pena. Estaria bem feliz e saltitante, não fossem os professores medíocres que não estão nem aí para os alunos e faltam a todas as aulas. Ah, mas estou contente. A ufrgs é cheia de gente interessante, peculiar, inteligente; sem contar o prédio da faculdade de Direito, que é lindo de morrer, antigo, com uma das arquiteturas mais belas do sul do país. Veja fotos AQUI.
Tenho um piercing no umbigo e uma tatuagem (beeem pequeninha, de estrelinha) na nuca. Eu tinha um piercing no nariz, o meu filhotinho que eu mais amava, mas tive que tirar porque inflamou e formou uma quelóide gigante que parecia uma melancia brotando do meu nariz. Ah, tenho 3 furos em cada orelha. Eu tinha muito mais, mas inflamaram todos (!). Tenho uma mania quase patológica e obsessiva de pintar o cabelo. Minha cor natural é loiro escuro, mas já fui loiríssima, ruivíssima, moreníssima, já tive luzes... Atualmente estou castanha. Tô tentando parar de ser compulsiva com tintas, senão meus cabelos viram uma vassoura (parabéns a eles, já estão quase lá).
Não percam o capítulo 2, vou falar muitas fofocas e coisas comprometedoras!! Uhh!
Ah, mentira.
Beijos, pessoas! Estou viajando para praia hoje mas volto muito em breve.

2.1.08

Caminhos e descaminhos

Não tenho muitas superstições acerca do "Ano Novo", mas não posso negar que, de fato, é um novo ciclo que se inicia. Um ciclo cujo caminho principal podemos imaginar... mas suas bifurcações, ramificações e desvios não somos capazes de prever. E que bom, né? Aí reside a grande graça e beleza de viver.

2007 pra mim foi um ano cheio de desvios inesperados. Alguns ruins, bem é verdade... Mas creio que não são para serem esquecidos, não existiram em vão... Alguns desvios que a princípio foram doloridos, levaram a caminhos totalmente novos, que agora me fazem tão feliz. Crescer dói, e em uma analogia de meia-tigela, poderia dizer que estou cheia de estrias imaginárias espalhadas pelo meu ser (e outras nem tão imaginárias, hehe). Cresci muito esse ano! Mudei muito!

Desejo a todos que lêem o meu blog um ano novo de muuuitas ramificações! Mas que o caminho principal, baseado nos princípios e sentimentos de vocês, seja mantido. Creio que o que mais desejamos em meio ao caos do mundo moderno é um pouco de paz interior e equilíbrio. É isso que desejo a vocês. Um beijão!